O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília. Ele foi submetido a uma cirurgia no dia 13 de abril para tratar uma obstrução intestinal. De acordo com o último boletim médico, divulgado neste sábado (26), ele apresenta sinais de gastroparesia e, por esse motivo, permanece em nutrição parenteral exclusiva, recebendo os nutrientes diretamente pela veia.
Gastroparesia é uma condição que provoca o retardo do esvaziamento do estômago, dificultando a digestão normal dos alimentos. Em vez de avançar rapidamente para o intestino delgado, o alimento permanece no estômago por mais tempo, o que pode causar náuseas, vômitos, sensação de saciedade precoce e dor abdominal. Essa condição está frequentemente associada a doenças como diabetes, mas também pode surgir após cirurgias abdominais ou por causas desconhecidas.
Entre as principais causas da gastroparesia, destacam-se o diabetes mal controlado, complicações após cirurgias no trato gastrointestinal, infecções virais e distúrbios neurológicos. Além disso, o uso prolongado de certos medicamentos, como opioides e antidepressivos, também pode comprometer o funcionamento dos músculos do estômago. O diagnóstico geralmente é confirmado por exames de imagem e testes de esvaziamento gástrico.
O tratamento da gastroparesia varia conforme a gravidade do quadro. Em casos leves, mudanças na dieta, como consumir refeições menores e mais frequentes, podem aliviar os sintomas. Já nos casos mais graves, como o de Bolsonaro, pode ser necessário o uso de medicamentos que estimulam os músculos do estômago ou até a adoção de nutrição parenteral para garantir a absorção adequada de nutrientes.
Com o tratamento adequado, muitos pacientes com gastroparesia conseguem melhorar sua qualidade de vida. No entanto, é fundamental o acompanhamento médico constante para ajustar as terapias conforme a evolução do quadro. Em situações mais críticas, a internação hospitalar e a nutrição intravenosa são medidas essenciais para evitar complicações graves, como desnutrição e desidratação.




