BAT pressiona por liberação de cigarros eletrônicos no Brasil

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A British American Tobacco (BAT) tem defendido a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil, argumentando que o país está ficando “para trás” em relação a outras nações que já adotaram essa medida. O presidente da BAT Brasil, Victor Loria, afirmou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possui atualmente mais informações para regulamentar o produto do que em análises anteriores. 

No Congresso Nacional, o tema tem gerado debates acalorados. Em novembro de 2024, a Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública onde especialistas e representantes da indústria discutiram a possível regulamentação dos cigarros eletrônicos. Enquanto alguns defendem a manutenção da proibição, baseada em evidências dos riscos à saúde, outros argumentam que a regulamentação permitiria maior controle e arrecadação de impostos. 

Do ponto de vista da saúde pública, diversas entidades médicas alertam para os perigos associados ao uso de cigarros eletrônicos. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou um posicionamento em março de 2024, indicando que o uso desses dispositivos aumenta em 1,79 vez a probabilidade de infarto do miocárdio. Além disso, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que o cigarro eletrônico pode servir como porta de entrada para o tabagismo, aumentando significativamente o risco de iniciação ao consumo de cigarros convencionais.   

A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) também destaca que os cigarros eletrônicos podem causar mais doenças do que os tradicionais, incluindo lesões pulmonares agudas e exposição a substâncias tóxicas. 

Diante desse cenário, a possível liberação dos cigarros eletrônicos no Brasil enfrenta resistência de entidades de saúde, que enfatizam os riscos à saúde pública, especialmente entre os jovens, e alertam para o potencial aumento de doenças relacionadas ao tabaco.

Foto: Reprodução/Pixabay

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