Um novo estudo divulgado pelo The Lancet Neurology trouxe uma estimativa preocupante na última semana: até 2050, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode causar 10 milhões de mortes anualmente, principalmente em países de baixa e média renda.
O relatório, que foi apresentado no Congresso Mundial de AVC, Canadá, concluiu as projeções de 12 especialistas em AVC utilizando métodos de estudo da Carga Global de Doenças. Os dados apontam que em 2050, 91% das mortes por AVC ocorrerão em países de baixa e média renda. Do ponto de vista econômico, os gastos com tratamento, reabilitação e custos indiretos do AVC podem aumentar de US$ 891 milhões em 2020 para US$ 2,3 bilhões em 2050 – evidenciando a importância na saúde pública em prevenir com cautela os problemas persistentes de cada país.
Entre as principais dificuldades encontradas pela pesquisa, estão a falta de consciência coletiva sobre a doença e os seus fatores de risco, como diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto, obesidade, alimentação inadequada, tabagismo, além de dados limitados de monitoramento desses fatores e de uma gestão efetiva de combate ao problema. Outro problema bastante conhecido mas pouco creditado é o sedentarismo: a ausência das atividades físicas está associado ao aumento do número de ataques cardíacos. Assim, estudos apontam que quem melhora a sua condição física entre 40 e 59 anos teve uma redução de quase 70% no risco de AVC.
Além de ter uma vida ativa, médicos especialistas induzem que é urgentemente preciso evitar alimentos ultraprocessados, que são industrializados derivados de outros alimentos, mas desprovidos de nutrientes e que possuem cor, sabor e textura adicionados para que pareçam atraentes e corretos. A exemplo de biscoitos doces, bolos, sobremesas, salgadinhos, molhos e temperos, conseguindo dispor um equilíbrio no cardápia semanal.