Conhecida como “gordura no fígado”, a esteatose hepática é uma condição caracterizada pelo acúmulo de gordura nas células hepáticas. Embora assintomática em estágios iniciais, a doença pode evoluir para quadros mais graves, como esteatohepatite que causa cirrose e até câncer no fígado.
“Inserida como doença metabólica, trata-se de uma condição médica que está associada à obesidade, hipertensão arterial, diabetes, resistência à insulina, alteração de colesterol e triglicérides”, detalha a hepatologista e coordenadora da Unidade do Fígado – Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP), Delvone Almeida.
A doença pode ainda ocorrer em pacientes com ingestão alcoólica exacerbada e quadros secundários à ingestão de medicamentos, como corticosteroides, tamoxifeno, esteroides anabolizantes, entre outros.
É possível analisar o risco de quadros mais graves da doença através de alguns parâmetros laboratoriais e exames de imagem. Por exemplo, a elastografia hepática vem crescendo em importância na avaliação da fibrose hepática e do risco de cirrose, que se seguem à inflamação crônica.
Outra terapêutica que está sendo adotada em todo o mundo é o uso de canetas emagrecedoras que assumem papel crescente no tratamento da doença esteatótica metabólica mais complicada. Mas, Delvone adverte que o uso indiscriminado não é correto, sobretudo quando utilizados por não portadores de diabetes ou obesidade.
Em Salvador, o tratamento pode ser realizado no CEDAP, no Engenho Velho de Brotas, de forma gratuita.