Pesquisador da USP afirmou que medicamento é indicado para qualquer pessoa sexualmente ativa vulnerável ao HIV
“Ainda que a aprovação do registro da Anvisa não seja sinônimo de que chegou ao SUS e está disponível de graça, esse passo é o primeiro e o mais importante de todos, porque a Anvisa é o maior crivo que existe para saber se uma coisa pode ser usada ou não”, explicou Vasconcelos.
O infectologista adiantou que a injeção deve chegar ao mercado com um preço superior ao de outros métodos de profilaxia pré-exposição ao HIV (PreP) e que sua oferta gratuita no SUS está sujeita a uma série de análises de custo-efetividade e público-alvo.
A autorização foi dada à empresa GlaxoSmithKline (GSK) e foi publicada no Diário Oficial da União no dia 5 de junho.
Atualmente, os medicamentos à disposição do público são comprimidos de uso via oral. A principal diferença em relação aos novos está em sua ação prolongada, com redução da necessidade de doses.
Vasconcelos afirmou ainda que a Prep é atualmente indicada a todas as pessoas com vida sexual ativa e que, portanto, estejam vulneráveis à infecção por HIV. O pesquisador criticou a estigmatização de homens gays e bissexuais como “grupo de risco”.
“A gente não usa mais esse termo. Não importa com quem você tem relações, nem com quantas pessoas. o importante é que você encontre um método dentre os vários que já existem disponíveis que você consiga utilizar corretamente.”