Pesquisadores da Universidade Flinders, em Adelaide, Austrália, identificaram um novo distúrbio do sono associado a hábitos comuns nos finais de semana. Batizada de “apneia social”, a condição é caracterizada por ronco intenso e interrupções na respiração durante a noite, provocadas principalmente pelo aumento do consumo de álcool, do tabagismo e pelo hábito de dormir mais tarde nesses dias.
O estudo, publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, aponta que cerca de 10 milhões de britânicos podem sofrer com o problema. De acordo com os cientistas, embora muitas vezes pareça inofensiva, a apneia social pode trazer sérias consequências à saúde, elevando o risco de doenças cardíacas, hipertensão, depressão, diabetes tipo 2, derrame e até demência.
“Um aumento no consumo de álcool e no tabagismo foi documentado nos fins de semana. Isso é consistente com nossa descoberta de que o efeito da apneia social é particularmente intensificado em homens e indivíduos mais jovens, grupos com maior consumo de álcool e comportamento de fumar”, destacaram os autores.
A pesquisadora principal, Lucia Pinilla, explicou que a gravidade do problema pode estar sendo subestimada. “A apneia do sono já é um grande problema de saúde pública, mas nossas descobertas sugerem que seu verdadeiro impacto pode estar subestimado. A maioria dos testes de diagnóstico clínico é feita em uma única noite da semana, perdendo o efeito do fim de semana que agora chamamos de apneia social”, afirmou.




