O Brasil lidera globalmente em prevalência de transtornos de ansiedade, conforme relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa ainda revela que um terço da população mais jovem, de 18 a 24 anos, é ansiosa.
Dados recentes revelam que 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade, sendo que um terço (31,6%) da população de 18 a 24 anos é ansiosa, liderando entre todas as faixas etárias. As taxas mais altas de ansiedade são observadas no Centro-Oeste (32,2%) e entre as mulheres (34,2%). Adicionalmente, 12,7% relatam diagnóstico médico para depressão, com maiores prevalências no Sul (18,3%), entre mulheres (18,1%), e na faixa etária de 55 a 64 anos (17%), seguida por jovens de 18 a 24 anos (14,1%). Os dados são do Covitel 2023, inquérito nacional que ouviu 9.000 pessoas entre janeiro e abril por telefone.
Os números destacam que 58,9% dos brasileiros afirmam dormir bem, com 63,9% dos homens relatando boas noites de sono em comparação a 54,3% das mulheres. Há disparidades também no aspecto racial: 64,2% das pessoas brancas dormem bem, enquanto entre pretos e pardos, esse índice é de 55,1%. O levantamento oferece um panorama das prevalências e impacto dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na população adulta brasileira. DCNT incluem condições mentais e neurológicas, sendo que fatores como a falta de acesso a serviços especializados e a percepção de que transtornos mentais são secundários contribuem para a ausência de tratamento adequado.
A prevenção da ansiedade envolve hábitos que promovem a saúde geral, como alimentação equilibrada, exercícios regulares e acesso a serviços de saúde. O tratamento, de natureza multidisciplinar, abrange terapia psicológica, terapia cognitivo-comportamental, meditação e psicoterapia, entre outros métodos.
