A acne é uma condição dermatológica prevalente que afeta não apenas os adolescentes, mas também uma parcela considerável da população adulta. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 56,4% dos adultos enfrentam esse desafio cutâneo, sendo a principal razão que os leva a procurar tratamentos específicos para a pele.
Essa condição é originada pela produção excessiva de sebo pelas glândulas sebáceas, culminando na obstrução dos poros e na proliferação de bactérias, resultando na formação de cravos. Quando essas lesões inflamam, são conhecidas como espinhas. A pele oleosa, caracterizada por uma produção elevada de sebo, é mais suscetível ao surgimento de acne, uma vez que seus poros dilatados conferem à estrutura um aspecto brilhante e úmido, tornando-a propensa a esse tipo de condição cutânea.
Quando submetida a fatores estressantes externos, como exposição à luz UV, presença de poeira ou poluição, a pele propensa a imperfeições entra em um ciclo de oxidação que desencadeia uma sequência de eventos. Este ciclo inclui a hiperqueratinização, caracterizada pelo acúmulo de células mortas na pele, a hiperprodução de sebo, que resulta em uma pele oleosa, e a oxidação de sebo e impurezas na superfície cutânea. Esse processo pode culminar no aparecimento de novas espinhas.
A distribuição da acne também varia entre as faixas etárias. Nos adolescentes, é comum observar acne na zona T do rosto, enquanto adultos podem experienciar a condição na região da mandíbula e pescoço. Além disso, a intensidade e a persistência da acne adulta podem variar significativamente, sendo essencial uma abordagem personalizada de tratamento. O cuidado com a acne envolve considerar as diferenças nas causas e características entre as faixas etárias. Tratamentos tópicos e orais, como ácidos, antibióticos e terapias hormonais, são comuns na adolescência, enquanto adultos podem se beneficiar de tratamentos mais focados em reduzir o estresse cutâneo e combater os efeitos ambientais.
