Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os acidentes de trânsito geram perdas econômicas que variam entre 1% e 3% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países latino-americanos.
No Brasil, esse impacto pode chegar a R$ 351 bilhões por ano. No Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, foram gastos, aproximadamente, R$ 449 milhões em 2024 apenas com internações de vítimas de acidentes de trânsito em todo o país. O levantamento, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com base nos dados do Datasus, inclui atendimentos de emergência, reabilitação e o fornecimento de órteses e próteses.
Desde 1998, os custos com esse tipo de atendimento aumentaram 49% em termos reais. A Bahia está entre os estados com maiores despesas, somando quase R$ 24 milhões somente em 2024.
A situação tornou-se ainda mais delicada após o fim do repasse de recursos provenientes do seguro obrigatório DPVAT, que foi extinto em novembro de 2020 por meio da Resolução CNSP nº 378, editada pelo então governo federal. Até então, parte da arrecadação era destinada ao SUS para custear despesas médico-hospitalares de vítimas de acidentes.
Com o fim da cobrança, a estimativa é que o sistema público tenha deixado de receber cerca de R$ 580 milhões por ano. Entre 2011 e 2020, mais de R$ 5,8 bilhões foram transferidos ao SUS graças ao DPVAT.




