Abril é o mês de conscientização Mundial da Doença de Parkinson (DP), um distúrbio neurodegenerativo progressivo, mais comum após os 60 anos, mas que também pode afetar pessoas mais jovens. Estima-se que aproximadamente 200 mil brasileiros convivam com a doença, número que pode ultrapassar 600 mil até 2030 devido ao envelhecimento populacional. Ela é a segunda doença neurodegenerativa mais predominante, depois da doença de Alzheimer.
Conhecida pelos tremores de repouso, lentidão e rigidez muscular, a DP envolve ainda sintomas não motores, como distúrbios do sono REM, constipação, perda de olfato, ansiedade e depressão — que podem surgir alguns anos antes dos sintomas motores.
“A doença não tem cura, mas há tratamento eficaz para controle dos sintomas. A base é a administração de levodopa, mas alguns pacientes demandam outras medicações e até mesmo cirurgia para implante de eletrodos. A reabilitação com equipe multidisciplinar e acompanhamento neurológico são essenciais para manter a autonomia e qualidade de vida”, reforça o neurologista do Hospital Santa Izabel, Marcel Leal.
Entre as possibilidades futuras, destacam-se terapias como a infusão subcutânea de levodopa, anticorpos monoclonais direcionados ao acúmulo de alfa-sinucleína, células-tronco e terapias genéticas para neuroproteção, conclui Leal.