O Brasil voltou a figurar entre os 20 países com o menor índice de vacinação infantil, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (14) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A informação foi divulgada pelo site InfoMoney com base nos números de 2024.
Após ter saído dessa lista em 2023, o país registrou um aumento significativo no número de crianças não vacinadas no ano passado, que chegou a 229 mil. Esse contingente representa 16,8% do total de crianças não imunizadas na América Latina e no Caribe.
O levantamento considera crianças que não receberam a primeira dose da vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra tétano, difteria e coqueluche. A ausência da DTP também indica que a criança provavelmente não recebeu nenhum outro imunizante de rotina.
Em comparação a 2023, o Brasil registrou um avanço no ano passado: 171 mil crianças a mais receberam ao menos uma dose da vacina, e um milhão completaram o esquema vacinal completo. Em nota, os órgãos internacionais destacam que, embora os avanços sejam modestos, eles indicam um progresso contínuo na proteção das crianças, mesmo diante de desafios crescentes.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou que “é encorajador ver um aumento contínuo no número de crianças vacinadas”. Ele também alertou para os perigos das fake news e cortes em ajuda humanitária, que “ameaçam décadas de progresso” contra doenças evitáveis por vacinas.




