A vacina SpiN-Tec, desenvolvida totalmente no Brasil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), finalizou a fase 2 dos testes clínicos, anunciou a instituição na última quinta-feira (15), conforme informações divulgadas pela Folha de S. Paulo. Esse é um marco importante, já que o imunizante é o primeiro nacional a alcançar essa etapa.
Produzida pelo Centro Nacional de Vacinas (CT Vacinas) da UFMG, com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e da prefeitura de Belo Horizonte, a SpiN-Tec teve sua eficácia avaliada em um esquema de dose única de reforço após imunização completa com vacinas monovalentes contra Covid-19, como Coronavac, Pfizer e AstraZeneca, ou após dose da vacina bivalente aplicada há pelo menos seis meses.
O estudo, que monitorou 320 voluntários ao longo de 12 meses, envolveu coletas periódicas de sangue e acompanhamento médico. Metade dos participantes recebeu a SpiN-Tec e a outra metade, a vacina Pfizer bivalente, para comparação dos resultados.
Segundo a Folha de S. Paulo, a vacina utiliza a proteína Spike do coronavírus, modificada para estimular a resposta imunológica sem causar a infecção. Além disso, o imunizante tem custo de produção inferior ao de outros no mercado, graças à tecnologia já dominada pelas indústrias farmacêuticas nacionais.
Outro diferencial é a estabilidade da vacina, que pode ser armazenada em geladeira comum por até dois anos, dispensando o uso de freezers especiais e reduzindo custos logísticos.
A próxima etapa, a fase 3, aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para início dos testes em 5.300 voluntários, com previsão de início para 2026. Caso seja aprovada, a SpiN-Tec deve estar disponível para a população brasileira a partir de 2028, segundo a UFMG.




