A menopausa precoce voltou ao centro dos debates após o relato da apresentadora Angélica no programa Encontro, da TV Globo. Aos 43 anos, ela começou a sentir ondas de calor, insônia e irregularidade menstrual — sintomas que a levaram a buscar ajuda médica. O diagnóstico surpreendeu: menopausa precoce, uma condição que afeta cerca de 1% das mulheres, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A menopausa precoce, também chamada de insuficiência ovariana prematura, ocorre quando os ovários deixam de funcionar antes dos 45 anos. Com isso, a mulher entra na menopausa muito antes do esperado. A condição pode surgir de forma espontânea ou ser causada por fatores genéticos, autoimunes ou como consequência de tratamentos como quimioterapia e radioterapia.
Assim como Angélica, muitas mulheres demoram a identificar o problema, pois os sintomas da menopausa precoce são semelhantes aos da menopausa natural. Entre os mais comuns estão:
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Ondas de calor
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Suores noturnos
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Insônia
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Alterações de humor
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Secura vaginal
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Diminuição da libido
Esses sinais podem ser confundidos com estresse ou desequilíbrios hormonais passageiros, o que dificulta o diagnóstico precoce.
A identificação da menopausa precoce exige avaliação médica especializada, com exames de sangue para medir os níveis de hormônios como FSH e estradiol. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de preservar a qualidade de vida da mulher e evitar complicações, como osteoporose, doenças cardiovasculares e até infertilidade.
Ao compartilhar sua experiência, Angélica lançou luz sobre um tema ainda cercado de tabu. Atualmente com 51 anos, ela contou no programa Encontro que passou pela menopausa precoce e enfrentou os desafios físicos e emocionais da transição hormonal. A declaração gerou grande repercussão nas redes sociais e aumentou as buscas pelo termo no Google.
Um dos impactos mais significativos da menopausa precoce é a interrupção da fertilidade. Muitas mulheres recebem o diagnóstico quando tentam engravidar e não conseguem. Nesses casos, a reprodução assistida pode ser uma alternativa, especialmente com óvulos doados ou congelados previamente.
Embora não haja cura, é possível tratar a menopausa precoce com terapias hormonais, mudanças no estilo de vida e suporte psicológico. A terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada para aliviar sintomas e proteger os ossos e o coração, desde que não haja contraindicações médicas.
Receber o diagnóstico de menopausa precoce pode ser um choque para muitas mulheres, especialmente as mais jovens. Por isso, além do tratamento médico, o apoio emocional e o acompanhamento psicológico são essenciais para lidar com o luto pela perda da fertilidade e os impactos na autoestima.
Alguns hábitos podem contribuir para o funcionamento saudável dos ovários. Manter o peso adequado, evitar o tabagismo, praticar atividades físicas regulares e adotar uma alimentação equilibrada são formas de promover a saúde hormonal e reduzir os riscos de menopausa precoce.
Se você tem menos de 45 anos e percebe mudanças no ciclo menstrual acompanhadas de sintomas típicos da menopausa, procure um ginecologista. O diagnóstico precoce da menopausa precoce pode fazer toda a diferença na sua saúde e bem-estar a longo prazo.




