A leishmaniose continua a ser um desafio significativo para a saúde pública no Brasil e em outras partes da América Latina. Causada por parasitas do gênero Leishmania, a doença é transmitida pela picada de mosquitos flebótomos, e pode se manifestar em formas cutâneas, mucocutâneas e viscerais, sendo esta última a mais grave e potencialmente fatal.
De acordo com um relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Brasil é um dos países mais afetados, registrando anualmente milhares de casos, principalmente em regiões Norte e Nordeste. Entre 2001 e 2021, a leishmaniose visceral (LV) foi responsável por uma alta taxa de mortalidade, principalmente em populações vulneráveis, como crianças e idosos.
O aumento da urbanização e a degradação ambiental são fatores que têm contribuído para a expansão da doença para áreas anteriormente não endêmicas.
Especialistas, como a Dra. Beatriz Carneiro de Carvalho, destacam a importância de fortalecer as estratégias de vigilância e controle, enfatizando a necessidade de intervenções integradas que considerem os fatores socioeconômicos e ambientais associados à propagação da doença.
A falta de acesso a diagnósticos e tratamentos adequados continua a ser um grande obstáculo. Campanhas de conscientização e o treinamento de profissionais de saúde são essenciais para o diagnóstico precoce e a gestão eficaz da leishmaniose, evitando complicações graves e mortes.