Seios volumosos fazem parte do ideal de beleza de algumas mulheres, mas para cerca de 20 milhões de brasileiras, essa característica se apresenta como um desafio físico e/ou emocional significativo. Além de causar problemas posturais responsáveis por deformidades na coluna e dores musculares crônicas em determinadas partes do corpo, a hipertrofia mamária pode causar impactos psicológicos e afetar a qualidade de vida.
Neste cenário, a cirurgia de redução de mama surge como uma solução eficaz para o problema.
Entre os principais desafios enfrentados por quem tem hipertrofia mamária, destacam-se dor crônica nas costas e pescoço, causada pelo peso excessivo, e problemas posturais como cifose (corcunda) e lordose (hiperlordose). Um estudo publicado no Journal of Pain em 2020 revelou que 80% das mulheres com seios volumosos sofrem com dores que impactam diretamente em sua saúde e bem estar.
Segundo o mastologista e cirurgião oncoplástico Leonardo Pires Novais Dias, além de causar dor, seios volumosos podem dificultar a prática de atividades físicas. “Essa consequência da hipertrofia mamária não apenas afeta a saúde cardiovascular, mas também a autoestima das pacientes, que enfrentam problemas para encontrar roupas adequadas”, destacou o especialista em Reconstrução Mamária que coordena o serviço de Mastologia da Rede MaterDei Salvador.
O impacto psicológico também é uma preocupação importante, já que metade das mulheres com hipertrofia mamária sofrem de baixa autoestima. “A cirurgia costuma aliviar o sofrimento e melhorar a vida dessas mulheres, já que a redução do tamanho e do peso das mamas melhora a postura e a capacidade de realizar atividades físicas, além de gerar um impacto positivo na saúde mental e na autoestima das pacientes”, explicou Leonardo Dias.
Mamoplastia redutora – A cirurgia de redução de mama é um procedimento cirúrgico realizado para diminuir o tamanho e o peso das mamas, a fim de proporcionar alívio para mulheres que sofrem consequências da hipertrofia mamária. Além de remover o excesso de tecido mamário e pele, a mamoplastia redutora reconstrói a mama em uma proporção mais adequada ao corpo da mulher. Por meio de técnicas avançadas, como a técnica vertical, horizontal ou em forma de T invertida, os cirurgiões são capazes de proporcionar resultados estéticos naturais e funcionais.
O preparo para a cirurgia envolve uma avaliação médica completa, incluindo exames laboratoriais e de imagem, além de orientações específicas sobre cuidados pré-operatórios, como a suspensão de certos medicamentos e jejum antes do procedimento. Durante o pós-operatório, são necessários cuidados como repouso adequado, uso de medicamentos conforme orientação médica para controle da dor e prevenção de infecções, além de acompanhamento regular com o cirurgião para avaliação da cicatrização e resultados.
“A adesão às orientações médicas e o seguimento cuidadoso das recomendações pós-cirúrgicas são essenciais para garantir uma recuperação segura e satisfatória após a cirurgia de redução de mama”, concluiu o mastologista e cirurgião oncoplástico Leonardo Dias. A cirurgia de redução mamária é um direito das mulheres, sendo um procedimento coberto por planos de saúde e pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Aquelas que sofrem com os efeitos físicos e emocionais da hipertrofia mamária têm o direito de buscar tratamento para melhorar sua qualidade de vida.