A leucemia, um dos cânceres mais prevalentes em homens e mulheres, contabiliza aproximadamente 11 mil novos casos estimados entre 2020 e 2022, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A detecção precoce desempenha um papel crucial para o sucesso do tratamento, enfatizando a importância de reconhecer os sinais de alerta associados a essa condição.
A campanha Fevereiro Laranja tem como objetivo conscientizar as pessoas não apenas sobre a leucemia, mas também sobre a significativa contribuição da doação de medula óssea para o tratamento da doença.
Recentemente, o diagnóstico de Fabiana Justus, revelando uma leucemia mieloide aguda, uma das formas mais graves da doença, trouxe ainda mais destaque ao tema. A leucemia, que impacta as células sanguíneas, principalmente os glóbulos brancos, e pode afetar plaquetas e glóbulos vermelhos, tem origem na medula óssea. O médico hematologista Roberto Magalhães, responsável técnico pelo serviço de leucemia e transplante de medula óssea do Hospital Icaraí, explica que a “fábrica do sangue” adoece, resultando na produção inadequada de células normais.
Existem diversos tipos de leucemia, classificados como agudos (crescimento rápido) ou crônicos (crescimento lento), e também pela célula afetada (linfoide ou mieloide). Os principais tipos incluem:
– Leucemia Linfoide Aguda: mais comum em crianças, com desenvolvimento rápido;
– Leucemia Linfoide Crônica: predominante em adultos, especialmente após os 50 anos, com crescimento mais lento;
– Leucemia Mieloide Aguda: prevalente em adultos, caracterizada por crescimento rápido;
– Leucemia Mieloide Crônica: marcada pela produção excessiva de glóbulos brancos, mais comum em idosos.
A causa específica da leucemia ainda não está definida, mas fatores genéticos e ambientais desempenham um papel no desenvolvimento da doença. Assim como em outros cânceres, mutações no DNA, seja espontânea ou influenciada por fatores externos como radiação e substâncias cancerígenas, contribuem para seu surgimento.
Fatores de risco externos incluem tabagismo, exposição ao benzeno (presente na gasolina), radiação ionizante (raios X e gama), quimioterapia e contato com agrotóxicos.
Os sintomas da leucemia resultam das alterações no sangue causadas pela doença. A ocupação da medula óssea por células doentes interfere na produção de células normais, levando a sintomas como fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, fraqueza e palidez. Além disso, a diminuição na produção de plaquetas aumenta o risco de sangramentos, enquanto a redução nos glóbulos brancos eleva a vulnerabilidade a infecções, uma característica comum em pessoas com leucemia.
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