Os cílios postiços têm se destacado como uma opção popular para realçar o olhar, conferindo uma aparência mais marcante e sofisticada. Contudo, é essencial adotar cuidados específicos ao utilizá-los. A proximidade de um objeto estranho à região dos olhos traz consigo um potencial risco de problemas, demandando extrema cautela.
O principal risco está na possibilidade de danificar os cílios naturais. A aplicação e remoção inadequadas podem resultar em puxões e danos permanentes, levando à queda de cabelo. Adicionalmente, a cola utilizada para fixar os cílios pode desencadear reações alérgicas, provocando inchaço e irritação nos olhos. Outro fator preocupante está associado à possibilidade de infecção. Caso os cílios postiços não sejam higienizados adequadamente antes da aplicação, há o acúmulo potencial de bactérias e germes, aumentando o risco de infecções oculares, incluindo conjuntivite alérgica.
A blefarite, uma inflamação não contagiosa que afeta as pálpebras, surge como um problema recorrente para aqueles que abusam do alongamento dos cílios sem os devidos cuidados. O oftalmologista Dr. André Borba destaca que essa condição pode se manifestar de forma infecciosa e alérgica, apresentando sintomas como coceira, ardência, vermelhidão e edema, além de irritação, lacrimejamento, sensação de corpo estranho e incômodo à luz.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, duas em cada dez mulheres que utilizam grande quantidade de maquiagem e acessórios nos olhos enfrentam problemas oculares. Em casos de reações alérgicas, como coceira, ardor e inchaço decorrentes do uso de cílios postiços, é fundamental adotar procedimentos de higienização, como compressas de soro fisiológico e lavagem cuidadosa com sabão neutro e água em abundância. Consultar um oftalmologista assim que possível é crucial para verificar a presença de danos mais sérios.
