O Brasil ocupa a décima posição entre os países com maior incidência de nascimentos prematuros globalmente, conforme dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A prematuridade, caracterizada pelo nascimento ocorrido antes da 37ª semana de gestação, emerge como a principal causa de mortalidade infantil no país, podendo acarretar sequelas físicas, cognitivas e emocionais nos recém-nascidos.
De acordo com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), a taxa de prematuridade no Brasil foi de 11,1% no período entre 2011 e 2021, esses números apontam para uma média de aproximadamente 340 mil bebês nascendo prematuramente a cada ano no Brasil, equivalente a mais de 900 por dia. Globalmente, essa cifra atinge cerca de 15 milhões. A prematuridade pode ser desencadeada por uma série de fatores, incluindo elementos sociais, ambientais e maternos. Nesse sentido, os fatores de risco para esse fenômeno podem ser categorizados em dois grupos: aqueles associados à saúde materna e os relacionados à saúde fetal.
Dentre os fatores maternos, incluem-se condições como hipertensão, diabetes, infecções uterinas e urinárias, incompetência do colo uterino, descolamento prematuro de placenta, gestações múltiplas, idade materna avançada ou muito jovem, entre outros. Por sua vez, os fatores fetais abrangem malformações, doenças respiratórias e cardíacas, restrição de crescimento intrauterino, entre outras condições. A especialista ressalta ainda que a prevenção do parto prematuro começa antes mesmo da gestação, com o planejamento familiar, seguido por um acompanhamento pré-natal abrangente. Esse acompanhamento engloba consultas regulares, exames laboratoriais e de imagem, tratamento de eventuais doenças maternas e fetais, além de um parto seguro, de qualidade e humanizado, sem comprometer a saúde da mulher e do recém-nascido.
Ao longo do mês de novembro, diversas organizações de saúde, instituições e voluntários estão promovendo eventos e atividades para disseminar informações sobre a prematuridade e oferecer suporte às famílias afetadas, uma vez que o novembro roxo também acontece em paralelo ao novembro azul, simbolizando a data 17 de novembro, a participação da comunidade é essencial neste processo de conscientização e luta pelas vidas.
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