A gastrite é uma condição caracterizada pela inflamação das paredes do estômago, frequentemente acompanhada de sintomas como dor abdominal, azia e uma sensação intensa de queimação. Essa inflamação pode se manifestar de duas formas distintas: gastrite aguda, que surge de forma repentina e é de curta duração, e gastrite crônica, que perdura por meses ou até anos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 50% da população mundial sofre dessa doença. No Brasil, esse número é ainda mais expressivo, com estimativas da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) indicando 70% da população infectada pela bactéria. Como segmento do problema, a gastrite erosiva é uma variante desse distúrbio que, frequentemente, não provoca uma inflamação notável, mas lesões superficiais no revestimento do estômago que resultam em sangramentos, erosões ou úlceras, e a condição pode se manifestar tanto de forma aguda quanto crônica.
Embora a relação entre a gastrite e os sintomas não seja totalmente clara, é importante ressaltar que o termo se refere especificamente à inflamação anormal do revestimento estomacal e, embora algumas pessoas possam experimentar dor ou desconforto na região superior do abdômen, é fundamental compreender que muitos indivíduos com esses sintomas não necessariamente sofre da doença.
É relevante mencionar que a maioria das formas de gastrite crônica inespecífica não apresenta sintomas perceptíveis. No entanto, a crônica representa um fator de risco para condições como úlceras pépticas, pólipos gástricos e tumores gástricos benignos e malignos. Além disso, pode evoluir para a forma atrófica, que envolve a destruição das células do revestimento do estômago responsáveis pela produção de ácidos digestivos e enzimas. Vale destacar que a gastrite atrófica está associada a um aumento do risco de dois tipos de câncer: o câncer gástrico e o linfoma do tecido linfóide associado à mucosa gástrica (linfoma MALT).
Para o diagnóstico da gastrite, o exame mais relevante é a endoscopia, frequentemente acompanhada de biópsias do estômago. É importante mencionar que, antes do procedimento de endoscopia, os médicos geralmente administram medicamentos para minimizar o desconforto e a ansiedade do paciente.