O 100º caso de gripe aviária do subtipo H5N1 foi confirmada no Brasil, de acordo com a atualização do relatório do Ministério da Agricultura e Pecuária. Especialistas indicam que os registros de contaminação começaram em maio – com 44 casos – desacelerando logo na metade do ano. Conforme os índices, houve um aumento expressivo agora no mês de setembro.
A maioria ocorreu em aves migratórias. Apenas dois casos foram identificados em aves de criação, voltadas para a alimentação dos proprietários. O primeiro deles foi confirmado na cidade no Espírito Santo, em junho, e o outro em Santa Catarina, em julho. Até o momento, o país não confirmou casos da doença em granjas voltadas para o comércio em larga escala. Até então, o governo afirma que não há risco para o consumo de carnes e ovos e não ocorreu transmissão da doença para humanos no Brasil.
Neste momento o foco das medidas adotadas pelo Ministério da Agricultura e secretarias de estado é evitar que o H5N1 chegue às grandes granjas do país, que é o principal exportador de carne de frango do mundo e o segundo maior produtor global, atrás dos EUA.
Já no final de maio, o Ministério da Agricultura declarou emergência zoossanitária por 5 meses. A medida serve para alertar a população e reduzir a burocracia para comprar equipamentos ou deslocar servidores de um estado para o outro. Outras medidas anunciadas pelo governo são investigação epidemiológica e restrição temporária de trânsito de produtos agropecuários. Conforme os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o maior número de focos (72% do total) foi registrado na Região Sudeste. A maioria foi no Espírito Santo (29 casos), onde surgiram os primeiros focos, seguido por São Paulo (25) e Rio de Janeiro (18).