As famosas gotinhas contra a paralisia infantil estão com os dias contados. O Ministério Da Saúde já discute a substituição da vacina oral contra a poliomielite por uma versão mais aprimorada do imunizante, que será injetável. Atualmente, duas doses de reforço contra a doença são oferecidas em gotas para crianças menores de um ano.
De acordo com a pasta, a substituição da vacina deve ocorrer gradualmente a partir do próximo ano e após avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI). No entanto, o Zé Gotinha, mascote oficial da campanha contra a doença, não deve sair de cena e permanecerá nas campanhas de vacinação.
Segundo a professora de infectologia pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médica consultora em vacinas da Dasa, Maria Isabel de Moraes Pinto, as vacinas injetáveis são mais seguras que as gotinhas.
“O Brasil está livre de poliomielite selvagem desde os anos 1990, e o mérito é da vacinação oral. Porém, estamos em uma situação em que é preciso migrar para uma vacina que não tenha riscos de desenvolver a pólio nas crianças, o que existe na vacina oral. É muito raro, é um para cada 3 milhões de doses aplicadas, mas a gente não quer correr esse risco. A vacina oral teve a sua vez e, agora, a gente migra para uma vacinação que se adequa melhor ao momento”, explica a especialista.
Segundo o Ministério da Saúde, desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha).
Fonte: CNN / Imagem: Google