O Ministério da Saúde ampliou o acesso à mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e agora recomenda que mulheres de 40 a 49 anos realizem o exame mesmo sem sinais ou sintomas de câncer de mama. Até então, a indicação começava aos 50 anos. A mudança foi anunciada nesta terça-feira (23) e passa a valer em outubro.
Segundo a pasta, mulheres nessa faixa etária representam 23% dos diagnósticos de câncer de mama. A detecção precoce, ressalta o ministério, aumenta significativamente as chances de cura. O exame para o grupo de 40 a 49 anos deverá ser feito sob demanda, a partir de decisão conjunta entre paciente e profissional de saúde.
O ministro Alexandre Padilha destacou que a antecipação do rastreamento é essencial para reduzir a mortalidade. “Só o diagnóstico precoce vai permitir que a gente inverta essa situação, garantindo o início do tratamento o mais rápido possível”, afirmou.
Outra mudança é a ampliação da idade para o rastreamento ativo — quando a mamografia é solicitada de forma preventiva a cada dois anos. O limite, antes de 69 anos, agora vai até 74. Dados do ministério indicam que quase 60% dos casos da doença ocorrem entre 50 e 74 anos.
Para reforçar a política, a pasta anunciou a circulação de 27 carretas de saúde da mulher em 22 estados, dentro do programa Agora Tem Especialistas. O pacote inclui ainda a compra de 60 kits de biópsia e a oferta de novos medicamentos voltados ao tratamento do câncer de mama.
