Entre 2015 e 2024, mais de 45 mil pessoas foram atendidas em prontos-socorros da rede pública com sintomas de envenenamento, de acordo com levantamento inédito da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede). O estudo, divulgado pelo blog de Lauro Jardim, em O Globo, revela ainda que 1.480 pacientes morreram nesse período. Em média, foram registrados 12,6 atendimentos por dia, o que equivale a um caso a cada duas horas.
A maioria das ocorrências envolve drogas e substâncias químicas não especificadas, cenário que também se reflete em episódios recentes de grande repercussão nacional, como o bolo com arsênio oferecido no Rio Grande do Sul e a refeição contaminada com inseticida no Piauí. Ainda segundo a pesquisa, cerca de 7% das intoxicações foram provocadas de forma intencional por terceiros, o que reforça a gravidade do problema.
Entre os casos considerados acidentais, medicamentos usados para dor, febre e inflamação aparecem como os principais responsáveis, somando 2.225 registros em dez anos. Logo depois, estão os pesticidas agrícolas, com 1.830 ocorrências




