O teste do olhinho, realizado logo após o nascimento ainda na maternidade, não encerra os cuidados visuais do bebê. Embora muitas famílias se tranquilizem ao receber um resultado normal, especialistas alertam que o exame precisa ser repetido ao longo dos primeiros anos de vida para garantir a detecção precoce de doenças graves.
Segundo a oftalmologista Luisa Hopker, presidente do 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, em entrevista a Agência Brasil, o procedimento deve ser repetido ao menos três vezes durante o primeiro ano, e novamente até que a criança complete 3 anos.
O teste do olhinho é rápido, indolor e tem como objetivo rastrear alterações que possam indicar problemas como catarata congênita, glaucoma congênito e retinoblastoma. No entanto, não é capaz de identificar erros de refração, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo.
A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda que, além do teste do olhinho feito pelo pediatra, os pais garantam um exame oftalmológico completo com especialista entre 6 e 12 meses de vida e novamente aos 3 anos de idade.
Nessa avaliação, é possível medir a acuidade visual, verificar a presença de estrabismo, avaliar o grau de refração com a pupila dilatada e analisar o fundo de olho. Esses exames permitem identificar problemas em estágio inicial, quando ainda é possível tratar e evitar complicações permanentes.




