Diagnóstico tardio do câncer de colo do útero eleva custos do SUS e reduz sobrevida, aponta estudo

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Um estudo da MSD Brasil revelou que o diagnóstico tardio do câncer de colo do útero aumenta significativamente os custos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e compromete a sobrevida das pacientes.

De acordo com os dados, quanto mais avançado o estágio da doença no momento da descoberta, maior a necessidade de quimioterapia, internações e atendimentos ambulatoriais. Atualmente, 60% dos casos no Brasil são identificados em fases avançadas, quando as chances de cura são menores e o tratamento é mais oneroso.

A pesquisa analisou mais de 206 mil registros no DataSUS entre 2014 e 2021 e também evidenciou desigualdades sociais e econômicas no acesso à prevenção e ao tratamento. A maioria das pacientes diagnosticadas é formada por mulheres não brancas, com baixa escolaridade e dependentes do sistema público de saúde.

O cenário se agravou durante a pandemia de Covid-19: em 2020, houve uma queda de 25% nos procedimentos de radioterapia e um aumento de 22,6% na quimioterapia isolada, reflexo de lacunas no atendimento hospitalar e ambulatorial.

Para os pesquisadores, a principal estratégia de enfrentamento é a vacinação contra o HPV, vírus responsável por 99% dos casos de câncer de colo do útero. Além disso, o reforço em campanhas de rastreamento e prevenção é considerado fundamental para reduzir a mortalidade e os custos ao SUS.

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