Os casos de HIV entre jovens de 10 a 19 anos na Bahia registraram um aumento de 17% entre 2023 e 2024, passando de 160 para 187 diagnósticos, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Especialistas atribuem o crescimento principalmente à ampliação da testagem, que permite o diagnóstico precoce e o início mais eficaz do tratamento. Ainda assim, preocupa o fato de que essa geração, que não viveu o pânico da aids, demonstra menor preocupação com a doença.
Na capital baiana, o projeto PrEPara Salvador, que oferece profilaxia pré-exposição (PrEP) para adolescentes LGBTQIAP+ de 15 a 19 anos, já identificou 20 jovens com HIV. O programa também atua em São Paulo e Belo Horizonte, onde foram diagnosticados até dois casos em cada cidade, segundo as instituições envolvidas.
Além da profilaxia, o PrEPara Salvador incentiva o uso combinado de preservativos e o acompanhamento das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A iniciativa é uma parceria entre universidades baianas, como a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba), e instituições nacionais, incluindo a Fiocruz.
No âmbito estadual, a Sesab aposta na prevenção combinada, que leva em conta as características individuais para indicar os melhores métodos de prevenção.
Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador oferece testagem rápida para HIV e outras ISTs em várias unidades de saúde, além de manter três serviços especializados (SAE) para atendimento e acompanhamento de pessoas vivendo com HIV e outras infecções.




