O Brasil passa a contar, a partir desta segunda-feira (4), com a primeira caneta injetável contra obesidade produzida nacionalmente. Batizado de Olire, o medicamento tem como princípio ativo a liraglutida e foi desenvolvido pela farmacêutica brasileira EMS, segundo informações do portal G1.
Além do Olire, a EMS lançou também o Lirux, indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, ampliando a oferta de medicamentos análogos ao GLP-1, classe terapêutica que tem ganhado destaque no combate à obesidade e doenças metabólicas.
Ambas as canetas já estão disponíveis nas farmácias e têm preço inicial de R$ 307,26. A EMS destaca que os produtos não são classificados como genéricos, pois passaram por um processo de inovação tecnológica e foram aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como medicamentos novos, apesar de conterem princípios ativos já registrados no país.
Em nota enviada ao G1, a farmacêutica explicou: “Diferentemente de um genérico, a liraglutida da EMS foi aprovada como um novo medicamento de ingrediente ativo já existente no Brasil, fruto de uma tecnologia exclusiva nacional”.
Com a aprovação da Anvisa em dezembro de 2024, a EMS tornou-se a primeira fabricante 100% brasileira a atuar no segmento global de medicamentos análogos ao GLP-1. A previsão da empresa é produzir 200 mil unidades de Olire e Lirux ainda em 2025 e alcançar a marca de meio milhão de canetas distribuídas no país em até um ano.
A empresa já planeja novos lançamentos: para 2026, está prevista a produção da caneta com semaglutida, substância presente nos medicamentos Ozempic e Wegovy, cujo uso tem sido amplamente associado à perda de peso. A fabricação só será possível após o vencimento da patente no Brasil.




