Uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo é o AVC (Acidente Vascular Cerebral). No Brasil, em 2023, essa condição levou à morte de 109.560 pessoas, conforme dados do portal da transparência da Associação de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil), o que equivale a 12 brasileiros por dia.
Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, que ocorre quando há falta de sangue em alguma área do cérebro, sendo o mais comum e responsável por 80% a 85% dos casos; e o hemorrágico, que ocorre quando um vaso, geralmente uma artéria (raramente uma veia), rompe, espalhando sangue no cérebro.
Em um episódio de AVC, cada minuto é crucial para o salvamento de uma vida. A cada minuto em que o AVC isquêmico não é tratado, a pessoa perde 1,9 milhão de neurônios. Identificar rapidamente os sinais da doença e agir com socorro ágil diminuem drasticamente o risco de morte e evitam comprometimentos mais graves, como redução de movimentos, perda de memória e prejuízo à fala, conforme explicação da presidente da Rede Brasil AVC e da World Stroke Organization, Sheila Cristina Ouriques Martins.
Os sinais de alerta mais comuns incluem fraqueza ou formigamento na face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental; alteração na fala ou compreensão; mudanças na visão, equilíbrio, coordenação, andar, tontura e dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente.
Quando há suspeita de um AVC, é recomendável pedir à pessoa para sorrir, observando se um lado do rosto permanece imóvel. Além disso, verifique se ela consegue levantar ambos os braços para avaliar a força em cada lado e solicite que pronuncie uma frase simples, como “o céu é azul”, observando se a fala está enrolada. A neurologista destaca a importância de acionar imediatamente o Samu (192) ao perceber qualquer um desses sinais.
Foto: Reprodução/Internet